A (nem tão) tranquila vida das árvores
São Francisco de Assis já empunhou uma espada!
Ainda bem que ele mudou de ideia!
São Francisco de Assis compartilhava uma característica comum a todo ser humano: a ambição.
Jovem, engajou-se na luta por seus interesses que, segundo a maioria dos seus biógrafos, incluia fama e o título de nobreza (bom saber que ele foi assim, tão humano, antes de tornar-se santo!)
O caminho rumo ao sentido maior da sua vida se deu vivendo justamente aquilo a que ele passou a renegar, anos mais tarde. Largou o escudo e a espada das batalhas que guerreou (literalmente), e abraçou para a vida a vocação pela qual o seu coração tanto pedia.
Peregrino, esteve na Palestina e no Egito, evangelizando e convivendo entre a cultura muçulmana, no acampamento do sultão Malik Al-Kamil, antes de retornar à Itália, para a cidade de Assis onde nasceu.
O contato com a natureza, o carinho pelos bichos, a compaixão pelos doentes e feridos são suas mais conhecidas inclinações. Desapego das próprias ambições? Talvez. Mas ainda prefiro pensar que ele desenvolveu foi o contrário: APEGOU-SE ao que lhe era mais caro.
Saber de sua vida e de seus feitos me faz pensar no quanto mudamos o alvo das nossas ambições ao longo da vida. Não faria sentido para mim abrir mão de tudo e viver apenas em prol de ideais coletivos, como São Francisco o fez. Mas vejo cada vez mais a necessidade de temperar minhas ambições com bom senso. Deixar-me guiar pela vontade mais verdadeira, por aquilo que vem 'de dentro' e que faz o coração vibrar.
Querido São Francisco de Assis, 'tu foi um cabra corajoso' (com todo o respeito)! Abraçar um propósito coletivo e transformar a própria vida é um exemplo muito bonito de fé e de esperança, em si mesmo, no ser humano e na vida.
Abraçar a esperança é sempre um ato corajoso, e sobretudo, bondoso para conosco mesmos. Mas fazê-lo à maneira franciscana é 'pra lá' de glorioso! Trazer a esperança para a prática, cuidando da natureza como parte de nós, com apego e carinho é para 'gente GRANDE', como ele.
Parabéns pelo seu dia, Seu Chico!
Eu fico por aqui. Para você, leitor, deixo meu abraço. E não esquece: se gostou, manda para quem também pode gostar! (isso, aliás, me ajudaria muito!)